DENÚNCIA: ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS ESTÃO DESTRUINDO NOSSA VIDA : EPISÓDIO V – O ômega-6 contra-ataca

ATENÇÃO! Essa série conterá cenas fortes, irei mostrar como você destrói sua saúde, semeando futuras doenças sem nem mesmo saber. Caso tenha medo da verdade, medo de melhorar sua qualidade de vida, medo de melhorar sua aparência física e prefira continuar vivendo totalmente alienado e feliz, não continue a leitura! Recado dado...

Fernando Paiotti.

Fala rapaziada!

Tenho passado um grande sufoco com a perseguição que venho sofrendo. Para que o leitor tenha uma ideia, outro dia estacionei o carro na rua e quando voltei, ele estava todo sujo, untado de margarina e farinha refinada (assuntos das denúncias 2 e 3), como uma gigantesca forma de bolo automobilística. Como se não bastasse, escreveram no vidro da frente, com enormes letras gordurosas: “VIVA A GORDURA TRANS!”. 
Olhem só a situação do meu possante... todo lambuzado de margarina! Até hoje não saiu...

Muita gente não tem gostado do que tenho revelado, isso é fato, afinal, é muito mais fácil enganar as pessoas quando estas são desinformadas. Como as ameaças não param, tenho pensado em contratar uns alunos para quem dou personal para fazer a segurança da minha casa à noite. Pelo menos a série está perto do fim, e não será agora que vou parar.

Quero, neste episódio 5, escrever um texto bem suave, sem termos técnicos, sem detalhamento de metabolismo, sem qualquer frescurinha. Quero fazer um bate-papo bem informal, mas com um excelente conteúdo, ok? O assunto é delicado e em minha opinião as pesquisas ainda deixam muito a desejar, há muito que se descobrir ainda. Bomba de hoje? Falaremos sobre os tais "ômegas 3 e 6". Preparado? Então vem comigo, mas vem suave.

BOMBA NÚMERO 5: Uma goleada! “Ômega-6” 10 X 1 “Ômega-3” 

O foco do artigo será o ômega-3 e mostrar como ele faz bem para a saúde, mas também não em excesso. Quero mostrar que você pode estar jogando dinheiro fora ao tentar suplementá-lo de maneira inadequada. Quero também te mostrar o porquê da goleada mencionada no subtítulo, assim como expor a indústria alimentícia como a culpada por este placar. 

Para começar, os tais ômegas são ácidos graxos essenciais, ou seja, não são produzidos pelo nosso organismo, ficando o seu consumo dependente da alimentação. Diríamos, no popular, que esses carinhas seriam umas “gorduras” ok?

Ficou bem popularizada a idéia de se comer peixes de água fria, como o salmão, para se conseguir bons índices de ômega-3. Acontece que o ômega-3 do peixe vem da alimentação dele (“algas”), ou seja, é produzido pelas plantas.

O fato de a nossa alimentação ter mudado drasticamente de folhas/verduras em geral para grãos, causou uma catástrofe no equilíbrio ômega-3 X ômega-6, uma vez que este último está abundantemente presente nos grãos e é mais resistente por não se deteriorar tão facilmente quanto seu irmão.

(Ah, vamos entrar num acordo? Ao invés de escrever ômega-3 e ômega-6 toda hora, para nos poupar, vou usar os numerais 3 e 6 apenas, combinado? “Ah mas qual vai ser qual?” Ignored...)

Os animais também foram prejudicados nesta brincadeira uma vez que comem quase que exclusivamente rações de grãos, ingerindo pouco 3 devido a isto. Sendo assim, as carnes e ovos ficam deficitários neste ácido graxo.

Para que você entenda melhor a gravidade do problema, a falta de 3 é tão prejudicial quanto o excesso de 6! E atualmente estamos dobrando o problema, uma vez que estamos aumentando o consumo de 6 e diminuindo o de 3. O que ocorre é que o 3 deteriora-se muito mais rapidamente do que o 6, e por causa disso, ele não perdura em alimentos processados pela indústria... além disso, com a introdução de óleos de milho e de soja em nossa dieta, a proporção entre os ômegas ficou muito desigual, sendo que atualmente nos EUA ela se encontra em 10:1, ou seja, consomem 10 vezes mais 6 do que 3. Antigamente, quando se cozinhava com banha, por exemplo, esta proporção estava em 3:1. A coisa está tão feia por lá, que já 9% das calorias diárias consumidas pelos gringos são do ômega-6, também conhecido por ácido linoléico, muito presente no óleo de soja.

Bom, Fernando, até agora tudo muito legalzinho o que você está falando, mas e aí? Para que serve o ômega-3?

Acredita-se que os níveis de 3 na dieta têm forte relação com doenças cardiovasculares. Fazendo uma comparação entre Japão, país que consome muitos peixes e algas, e EUA, país que se alimenta como porcos, o segundo consome 1/3 menos de ômega-3 per capita e tem 4 vezes mais mortalidade por doenças cardíacas do que os japas.

Alguns estudos têm comprovado que o consumo adequado e satisfatório de ômega-3 pode diminuir em 1/3 as chances de problemas no S2, digo, no coração. Isso poderia estar relacionado ao fato de que o 3 está presente em grande quantidade nos tecidos cardíacos, onde parece regular o ritmo dos batimentos, prevenindo contra arritmias fatais. Além disso, inibe a ação do 6 no quesito inflamatório, fato este que se acredita ter relação com as doenças cardiovasculares.

Bom, então vamos suplementar ômega-3 e resolver nossos problemas!!

Espere, vamos por partes. Foi comprovado que a suplementação de 3 em ratos pode protegê-los contra a resistência à insulina e contra a obesidade.  Mas acontece que apenas suplementar pode não trazer benefício algum! Existe uma espécie de “soma zero” no relacionamento dos ômegas. Para que se obtenha resultados satisfatórios com a suplementação de 3, deve-se tentar reduzir ao máximo o consumo de 6, abundantemente presente na dieta ocidental, com seus óleos de sementes, alimentos industrializados e alimentos que têm  como origem animais que foram alimentados com rações de grãos.

Fiz questão de explicar isso porque os fabricantes de suplementos (e mesmo alguns nutricionistas que recebem um por fora das lojas e farmácias de manipulação que indicam), não querem que você saiba desta informação. Querem que você continue comprando ômega-3 em comprimidos para fazê-los lucrar. A melhora da sua qualidade de vida não é importante para eles.

PERGUNTA: Existe algum efeito colateral causado pelo consumo exagerado de ômega-3?

Foi relatado que populações com altos índices de 3 no organismo, como os Inuítes (também conhecidos como esquimós, mas esta denominação é ofensiva para eles) do Canadá, são dadas a sangramentos, ou seja, o ômega-3 em excesso pode retardar a resposta coagulante do organismo.

Até aqui tudo tranqüilo não? Através desse bate-papo, deu para fazer outra DENÚNCIA: a industrialização dos alimentos e a promoção de óleos vegetais têm interferido no balanço ômega-3 X ômega-6 não só nos seres humanos, como também nos animais. Isso traz uma série de consequências, como o aumento de doenças cardíacas. Vale mencionar ainda um estudo do Dr. Casaubon, pesquisador e autor do livro “chave de todas as mitologias” que aponta que baixos níveis de 3 podem acarretar problemas como depressão e transtorno do déficit de atenção, prejudicando o aprendizado.

Temos também estudos do Dr. Joseph Hibbeln, pesquisador dos Institutos Nacionais de Saúde, nos EUA, que afirma que gastamos uma fortuna durante toda a nossa vida com medicamentos anti-inflamatórios e aspirinas para desfazermos os efeitos do excesso do ômega-6 em nossa dieta.

Acho que por hoje já está mais do que bom. No próximo artigo, encerraremos nossa série de DENÚNCIAS, trazendo novas perspectivas e tentando amarrar tudo o que já foi dito.

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FERNANDO PAIOTTI
Personal Trainer e Consultor Online
CREF 151531-G/SP


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